quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

EXÍLIO
 Pereira de Albuquerque
(Da União Brasileira de Trovadores-UBT Fortaleza).
 
 
 
Quando o sol da inocência ainda aquecia
meus verdes anos de criança feia,
como eu era feliz, dia após dia,
lá n a distante e pequenina aldeia.
 
Lembro-me bem: com que prazer eu lia,
sentado à mesa e à chama da candeia!
Mas se, lá fora, a noite resplendia,
trocava os livros pela Lua Cheia.
 
Se hoje, longe de tí, torrão fecundo,
nada tenho a colher além de espinhos,
culpo a má-sorte que encontrei no mundo.
 
Foi ela, sim (é fácil perceber)
que espalhou só tristeza em meus caminhos
e afastou-me de tí só por prazer!
 
Como é bela a poesia no mundo!
Vamos divulgar a poesia sempre mais e mais!
Espalhemos a alegria dos corações pelo mundo!
   
 
 
SONETO DO AMANHECER
 Neide Azevedo Lopes
 (Da Academia Cearense da Língua Portuguesa)
 
 
Amanhece, amor em nosso mundo
Nestas amadas bênçãos, no desejo
Neste nosso segredo tão profundo
Onde me vês, amor, também te vejo.
 
Amanhece, amor, quanto esplendor
Que já não cabe mais em parte alguma
Afasto o tédio, inquietação e dor
Escolho as alegrias, uma a uma...
 
E nosso amanhecer caminha lento
Sem medos, pressa, angústia ou agonia
Vai galopando ao revés do vento
 
Num cavalgar de pura alegria
E nosso amanhecer caminha lento
Brindando a vidas, nesta idolatria.
 
Consuma a poesia!
Viva a poesia!
Divulgue a poesia!
Ajude a melhorar o mundo poetizando!
 
 
 
O LIVRO
 Vicente Alencar
 (Da Academia Cearense da Língua Portuguesa)
 
 
 
O livro aberto
as palavras organizadas,
o assunto bem apresentado,
as frases bem urdidas,
tudo nos lugares devidos.
 
Mas, não existiam leitores,
todos tinham mudado seus hábitos.
 
As consultas deixadas ao largo,
pois homens e mulheres
estavam tontos.
 
Tudo no país mudara  de cor
e de forma.
Insegurança,
economia desfigurada,
gente doente,
educação esfacelada.
 
Hoje, falta confiança e liderança.
O livro aberto chora
e acompanha o pranto do país.
 
Poesia é coração!
Poesia é amor!
Poesia é alegria!
Poesia é sentimento!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

ACALANTO

ACALANTO
Neide Azevedo Lopes
(Da Associação de Jornalistas e Escritoras
do Brasil - Secção do Ceará).
 
 
Tua alegria principia
quando finda-me a tristeza.
Meu louvor a tí
exalta cada canto.
O coração em descompasso toca
Esse acalanto débil, sussurrado,
e quando a noite, morna de cansaço,
soluçar pedindo teu abraço,
volto a chorar, porque te foste embora.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

MÚSICA POPULAR BRASILEIRA

 

O compositor Guilherme de Brito, letrista de gabarito acima da média e o músico Nélson Cavaquinho, além de Alcides Caminha, possibilitaram a Música Popular Brasileira, belas
composições. Entre elas:


A FLÔR E O ESPINHO


Tire o seu sorriso do caminho
que eu quero passar com
com a minha dor.
Hoje prá você
eu sou espinho.
Espinho não machuca a flôr
Eu só errei quando juntei
minh'alma à sua
O sol não pode viver
perto da Lua.
É no espelho
que eu vejo a minha mágoa
A minha dor e os
meus olhos rasos d'água
Eu na sua vida já fui uma flôr
Hoje sou espinho em teu amor
Tire o seu sorriso do caminho(...)





Gravação Som, Copacabana, do LP
Elizeth sobe o Morro, número CLP
11434, registrado em junho de 1965.

Procure ouvir, vale a pena.


PRANTO

Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense
de Letras.)













Lágrimas caindo,
sentimentos de dor
molhando a terra
nossa Mãe maior.
Acompanho teu pranto
que não faz barulho
de tão intimo e pesaroso.
É a expressão
do amor e da saudade.

MEU JORNAL

Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense
de Letras.)

Meu jornal
está em pânico,
meu jornal
está em branco,
meu jornal
está deslustrado,
meu jornal
sente a tua falta.
Meu jornal
pára sem forças
quando estás
longe de mim!

SONHOS

Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense
de Letras.)



















Todos os momentos
eram nossos.
De repente as portas se fecharam.
A tarde seguiu serena
mas o ar era triste.
O dia findou-se e
à noite foi de belos sonhos
todos vividos em tua companhia.

... UM POUCO MAIS

Vicente Alencar
(Da Academia Fortalezense
de Letras.)

Um final de semana
longo,
do tamanho da vontade
de ficar junto,
sem no entanto
poder ficar perto.
E assim os dias passam
quando não estamos lado a lado.
Com muita saudade,
com angustia,
pois separar-se de quem se ama
é sofrer um pouco mais.